Um homem fazia compras numa loja de abastecimento de uma base militar. Não necessitava de muito, somente um pouco de café e um pão. Estava de pé numa fila em frente à caixa registradora. Detrás dele havia uma mulher com um carrinho carregado. Sua cesta transbordava de provisões, roupa e um vídeocassete.
Ao chegar sua vez, avança até a registradora. A funcionária o convida a extrair um pedacinho de papel de uma urna de vidro.
— Se você extrair o papel premiado, todas suas compras sairão de graça — explica a funcionária.
— Quantos papeizinhos " premiados" há? — pergunta o comprador.
— Somente um.
A urna está cheia, de modo que as probabilidades são escassas, mas o homem de todas formas tenta e, incrivelmente, tira o prêmio! Que surpresa. Porém, depois ele percebe que somente vai comprar café e pão. Que desperdício.
Mas este homem é rápido. Volta-se e olha para a mulher atrás dele, a do monte de coisas, e declara:
— O que você acha, querida? Ganhamos! Não devemos pagar nem um centavo sequer.
Ela olha para ele, surpresa. Ele pisca um olho. E de algum modo, ela tem a presença de espírito necessária para segui-lhe o jogo. Aproxima-se dele, ficando bem junto. O toma do braço e sorri. E por um momento estão parados lado a lado, casados pela boa fortuna. No estacionamento ela consuma a união temporária com um beijo e um abraço, e depois segue seu caminho com uma história maravilhosa para relatar a seus amigos.
Eu sei, eu sei. O que fizeram era um tanto duvidoso. Ele não devia ter mentido e ela não devia ter fingido. Mas ainda levando isso em conta, continua sendo uma bonita história.
Uma história não tão diferente da nossa. Também nós fomos agraciados com uma surpresa. Ainda maior que a da mulher. Pois embora sua dúvida fosse grande, ela podia pagá-la. Nós não temos a possibilidade de pagar a nossa.
A nós, igual que à mulher, foi-nos entregue um presente. Não só na caixa registradora, mas sim perante o tribunal.
E nós também nos convertemos em esposa. Não só por um momento, mas sim para a eternidade. E não somente por provisões, mas para o banquete.
Que grande história temos para contar a nossos amigos! Verdade?
Extraido do livro "Quando Deus susurra seu nome" de Max Lucado