segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Guardando o Coração nas Adversidades - Parte 1

É engraçado quando buscamos uma coisa e somos levados a escolher outras. Hoje de manhã acordei pensando em meditar no Livro de Rute pra na verdade entender mais ainda quem é e o que foi Boaz, iria estudar sobre a vida desse homem que ajudou uma família e se tornou parte dela, e que também deixou um legado de um amor altruísta, fazer algo de bom para uma pessoa sem querer absolutamente nada em troca. Pois bem, esse é Boaz.
Quando comecei a ler a Historia, fiquei observando que esse livro fala muito sobre Rute, mas ele nos dá uma aula de como foi Noemi, o que ela passou e o que sofreu o preço que pagou. Me arrisco a dizer que ela só não sofreu, na historia bíblica, mais do que Jó. Perdoe-me se estou errado, mas como disse no começo, só me arrisco a dizer.

Noemi foi uma mulher que sofreu bastante, inclusive em sua alma, ao ponto de trocar o seu nome que significa Suavidade, para Mara, que é amarga. Ela mudou o seu próprio nome por causa da adversidade. As circunstâncias moldaram a alma de Noemi. Quantos de nós somos assim? Uma declaração mal colocada de nossos pais, um professor que nos maltratou na infância, um marido que não entende a esposa, uma esposa que se nega para o marido. Precisamos guardar nosso coração, não é fácil, mas precisamos.

O choro amargo, a dor profunda. Existem propósitos grandiosos para o futuro. Precisamos não nos ater ao presente. Mas ter a certeza de uma viva esperança. Pois não importa nosso luto e dor. Deus sempre levantará "Rutes" pra ficarem ao nosso lado levando juntos nossas cargas. Todo choro é semente pra uma alegria nova. A dor pode ser trocada pelo refrigério de Deus. E quando isso acontecer dos nossos lábios fluirá uma nova canção de agradecimento (Salmos 126). Entendo, porém que as dores precisam ser colocadas pra fora, isso é terapêutico. Mas o melhor é crer e declarar a Palavra. Nunca iremos mudar as circunstâncias por causa do nosso nome, mas pelo nome que está acima de todo nome, Jesus, onde todo joelho se dobra em todas as dimensões, sejam elas Espirituais, na Terra e debaixo da Terra.

Temos que perceber também que muitas vezes nossas escolhas podem comprometer outras pessoas. Somos líderes de uma poderosa multidão, e muitas coisas que fazemos podem comprometer a vida daqueles que vivem ao nosso redor, como os discípulos, mas principalmente nossa família.

Elimeleque tomou uma decisão, e Provérbios 16.25 diz algo interessante: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte”. As escolhas que fazemos, quando não estão em linha do que aquilo que Deus quer, pode nos trazer um luto e uma destruição amarga sobre nós.

Elimeleque, onde se lê que Meu Deus é Rei, saiu daquilo que Deus queria para ele, mas por quê? Houve uma fome na terra, Belém que significa Casa do Pão, estava sem pão, parece até uma contradição, no lugar onde é a Terra no Pão, falta Pão na Terra.

Declínios espirituais nos fazem passar fome. O povo de Israel sempre fazia naquela época o que era bom aos seus próprios olhos, mas o que era bom aos seus próprios olhos, muitas vezes não é bom aos olhos do Senhor.

Muitas vezes fazemos caminhos de desonras, e deixamos de acreditar no chamado que Deus nos entregou.

Precisamos Guardar nosso Coração nas adversidades. Elimeleque saiu de Belém para ir atrás de comida, de riquezas. Quando saímos do lugar que estamos, onde aparentemente não está dando fruto, para nos aventurarmos em outros lugares, pode ser sinônimo de luto.

Elimeleque saiu de onde tinha alimento para morrer em uma terra estranha e ainda por cima promover um luto de viuvez e trazer para Noemi mais um desgosto, pois seus filhos, depois que seu pai morreu, tomaram para si mulheres moabitas, se esqueceram que está escrito em Deuteronômio 23.3-4: “Nenhum amonita nem moabita entrará jamais na assembléia do Senhor; porquanto não saíram com pão e água a receber-vos no caminho, quando saíeis do Egito; e, porquanto alugaram contra ti a Balaão, filho de Beor, de Petor, da Mesopotâmia, para te amaldiçoar”.

Elimeleque foi para Moabe atrás de Pão, mas tempos atrás os próprios moabitas tinham negado pão para o povo de Israel. Isso nos mostra que quando estamos desesperados, qualquer coisa nos serve. Precisamos tomar cuidado com isso, somos filhos do Senhor não do inferno. Por lutas nunca devemos nos entregar, por adversidades precisamos estar sempre ligados no Senhor, pois Ele é o nosso refugio e fortaleza no tempo da angustia.

Observe como era a Alma de Elimeleque, o significado do filho mais velho Malom é adoentado, cansado, enfraquecido e de Quiliom é desperdício ou despedaçado. Como um homem que tem no nome que Deus deveria reinar, estava em outro Reino? Nossas escolhas podem nos tirar do foco correto. Elimeleque promoveu muita desgraça pelas escolhas que fez, mas muito mais desgraça promoveu para a sua família, pois foram eles que sofreram mais. Imagine você se tivesse esses nomes, por onde você andasse o chamariam de cansado, fadigado, doentes. Quando não estamos no lugar onde Deus nos promoveu para estarmos, o nosso ânimo é zero, mas é tão zero, que chegamos a ficar doentes e fracos por isso.

O que tem enfraquecido você? O que tem lhe tirado do foco, quais foram as escolhas que você fez que lhe trouxe desgosto até de viver e de trazer o Reino de Deus para essa Terra? O que tem tirado você do verdadeiro caminho, e o tem levado para um caminho de morte espiritual, de morte de alma, de morte de sonhos? Deus vai levantar muitas “Rutes” para que o milagre aconteça, mas pra isso, precisamos nos arrepender, e chorarmos amargamente por nossas escolhas que trazem conseqüências de morte sobre nós, e de luto para nossa casa. Precisamos agir e nos levantar.

Podemos fazer com que nossas escolhas promovam alegria, mas é triste quando elas promovem destruição e luto.

Marlon Barroso

Um comentário:

  1. Parabéns pelo artigo Marlom.Essa historia tambem no ensina que Sacerdotes precipitados levam filhos a morte e ruina.Escolhas precipitadas futuro amargo e dificil.Deus te abençõe.Bjs em Orlancy.Apa Aêde.

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