sexta-feira, 8 de abril de 2011

Palavra sobre o Rio de Janeiro

"Porque para todo propósito há tempo e modo; porquanto o mal do homem é grande sobre ele. Porque não sabe o que há de suceder; e, como haja de suceder, quem lho dará a entender? Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para reter o espírito; nem tem poder sobre o dia da morte; nem há armas nessa peleja; nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios".


Forte essa palavra.


Esse texto salta sobre meus olhos sobre o horror que aconteceu no Rio de Janeiro no dia 07 de Abril. Algo muito trágico e espantoso. Muitas perguntas saltam em nossa mente:"porque, pra que, o que ele tinha em mente?"


Isso dói.


Mas meditando um pouco no que esse rapaz fez, vemos um entendimento, um entendimento por um trauma. Esse rapaz voltou ao lugar onde, segundo relatos de colegas da época, era maltrado, xingado ( o que conhecemos hoje como bullying). Ele tinha esse tipo de personalidade, era um rapaz introvertido, meio estranho, calado, somente na dele. Um colega até falou que ele um dia iria matar alguém, parece uma profecia.


Mas vamos nos fazer uma pergunta? O que um trauma é capaz de fazer? Até onde um sentimento de ira, por causa de um trauma poder concluir em que? Nisso que vimos.


Um espírito sem controle, como diz o texto acima, "quem irá entender?".


Muitos dentro da igreja estão assim, com um espírito incontrolável , sem perspectiva de nada. Possa ser que não como no nível que esse rapaz se encontrava, mas com certeza muitos estão caminhando assim.


Eu vejo muitas pessoas que um dia estão presentes no culto, nas reuniões de célula, de M12, mas que de uma hora para outra, se perdem. O que é isso? Espírito Incontrolável, assim mesmo como uma cidade sem muros.


"Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito" Provérbios 25.28


As regras que colocam sobre nós não são para nos prender, são para colocar limites sobre nosso espírito, pois sem limites, sem muros, ficamos desprotegidos, "nus" no Reino Espiritual, que é acesso fácil para que demônios e toda sorte de pensamentos de pecado adentro em nós. 


Traumas podem tanto paralisar, quanto fazer atrocidades, podem tanto matar, quanto morrer. O que precisamos então? Santidade, domínio proprio, oração, jejum, leitura da palavra? Isso tudo ajuda, na verdade isso é essencial, mas não vamos colar nossa mente como se isso fosse tudo, isso não é, pois vemos muitas pessoas que até oram, mas continuam com o mesmo caráter, até lêem a Bíblia, mas não mudam os princípios, jejuam, se santificam, mas continua ( as vezes não sabe porque) na mesma prática do pecado. O que precisamos querido, é um pouco mais do que isso. 


E o que fazer então?


Reconhecer que o mal habita em mim.


"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consisto na lei, que é boa. De maneira que. agora, já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já não faço eu, mas o pecado que habita em mim".


Quem tem essa graça de reconhecer quem é, pode evitar muitas dores na frente. Trauma é semente de passado, reconhecimento é semente para o presente, cura é semente para o futuro.


Se identificarmos a tempo que tem dentro de nós, com certeza seremos curados depressa, mas quando sabemos que temos algo dentro de nós que não confessamos, isso pode nos matar, e o pior, isso pode matar a outros também.


Arrependimento é chave que nos transporta de fases. Passado > Presente > Futuro. O mal que fazemos, por causa do espírito que não tem limites, pode ser muito bem construído muros de proteção. Quais são esses muros. Amor, Domínio Próprio, Compaixão, Santidade, ou seja, apego aos Frutos do Espírito.


Lembre-se, regras não são prisões, mas a "liberdade" que uma cidade sem muros lhe dar, isso sim lhe prende. 


Um pastor certa vez fez uma ilustração, ele dizia assim:" Um jardim existem muitas flores lindas, mas dentre elas tem uma que contem espinhos. Mas o jardim não deixa de ser jardim por causa do espinho. O espinho só existe para sabermos onde colocar as mãos, e onde não podemos colocar as mãos".


Assim são as regras, elas existem para você saber onde ir, ou onde não ir.


Em construção.


Marlon Barroso de Menezes


Nenhum comentário:

Postar um comentário