terça-feira, 25 de maio de 2010

A receita dos milionários


A matéria de capa de Veja desta semana destacou o avanço de diversos setores da economia brasileira. O país vive uma revolução após o breve soluço da crise internacional. E o resultado é que milhões de brasileiros saem da pobreza, tornando-se milionários.

De acordo com informações de Veja, o Brasil voltou a avançar com força renovada. O país iniciou 2010 em ritmo chinês. Diversos setores da economia crescem numa velocidade superior a 10% ao ano. A produção das indústrias, por exemplo, teve uma alta de 20% no primeiro trimestre. Nesse mesmo período, o comércio registrou uma expansão de 13% no volume de vendas. Porém, mesmo consumindo mais, os brasileiros encontraram folga para poupar. Sinal disso é que o valor total de recursos captados pelos planos de previdência privada ganhou 28% nos três primeiros meses do ano.

O desemprego recua aos menores níveis históricos, e a renda dos trabalhadores passa por uma recuperação paulatina mas constante. Se fosse possível medir a temperatura atual da economia, esse termômetro exibiria em seu visor o número de 12%. Foi nesse ritmo que o PIB (produto interno bruto, o total de mercadorias e serviços produzidos) avançou nos três primeiros meses do ano, de acordo com estimativas dos economistas do Itaú Unibanco. No ano como um todo, o crescimento do PIB deverá ficar ao redor de 7%, o que seria a maior taxa desde 1986, quando houve o Plano Cruzado.

Esses números extraordinários representam uma primeira maneira de retratar o momento promissor, algo não visto em mais de uma geração. Outro indicativo da saúde do Brasil pode ser visto no interesse inédito despertado pelo país lá fora. Um modo mais palpável de sentir esse mesmo fenômeno é observar diretamente como os empreendedores brasileiros têm tirado proveito dessa fase de prosperidade.

Graças à estabilidade e ao retorno do crescimento, colocar um projeto de pé, batalhar para fazê-lo deslanchar e transformá-lo em um negócio rentável voltou a ser um sonho realizável. Estima-se que, no último ano, aproximadamente 50.000 brasileiros tenham ingressado no clube dos milionários.

Segundo critérios utilizados por instituições financeiras para identificar possíveis clientes de alta renda, milionárias, são aquelas pessoas que possuem um patrimônio equivalente a 1 milhão de dólares, ou 1,8 milhão de reais, com recursos livres para investir (não se incluiu, portanto, o valor da residência própria).

A cada dez minutos, em média, brota um novo milionário no país. "Hoje, o Brasil é o destaque do mundo. Tenho muitos clientes comprando seus concorrentes ou vendendo suas empresas para os estrangeiros. Isso só fortalece e consolida a estrutura empresarial do país", afirma Celso Scaramuzza, diretor da divisão de wealth management (ou gestão de fortunas) do Itaú Unibanco.

No passado, a riqueza de uns só podia ser construída a expensas de outros. Não é, em absoluto, o que se vê hoje no país. Diz o economista Marcelo Neri, coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas: "O brasileiro está com mais dinheiro no bolso por causa de seu próprio esforço, beneficiado pela melhora no mercado de trabalho e no aumento do salário real. Esse avanço não se deve simplesmente a fatores como programas sociais, que não trazem um bem-estar efetivo e duradouro".

Um estudo recente do economista, afirma que enquanto o consumo aumentou 14,9% nos últimos cinco anos, a renda dos brasileiros aumentou praticamente o dobro: 28,6%. Isso dá a medida da sustentabilidade da atual fase de crescimento. A fatia da classe AB será a que mais engordará até 2014. Já a classe E, em que estavam três em cada dez brasileiros em 2003, recuará para 8% da população. Essa transformação se deve à criação de empregos e à formalização de trabalhadores que antes viviam de bicos.

Apenas em 2010 deverão ser criados 2 milhões de empregos com carteira assinada. Serão 2 milhões de consumidores em potencial a mais. "Se o empresário está contratando num país como o Brasil, com cargas tributárias altíssimas, é porque ele está otimista com o futuro da economia", afirma Rodrigo Teles, diretor do Instituto Endeavour, que apóia o empreendedorismo no país.

A boa e nova revelação é que hoje, no Brasil, o talento e a persistência têm grande chance de ser sobejamente recompensados. Vale a pena ousar e ir atrás de um sonho antigo, mesmo que existam dificuldades no início. "Nunca desista. Esteja disposto a mudar de tática, mas não desista de seu propósito essencial", afirma Jim Collins, um dos mais admirados consultores da atualidade, nos parágrafos finais de Como as Gigantes Caem (editora Campus), que acaba de ser lançado no Brasil.

No livro, em que o autor americano analisa os motivos que levam empresas vitoriosas a entrar em declínio, Collins oferece lições primorosas de como manter um negócio em ascensão. A persistência em se manter fiel aos seus princípios e aos seus ideais originais, afirma ele, é essencial, assim como a dedicação e a humildade de rever estratégias quando a queda começa a se revelar. "O fracasso é menos um estado físico e mais um estado de espírito", afirma Collins. "O sucesso é cair e voltar a se levantar, vez após vez." Até conquistar o suado primeiro milhão.

Veja ainda ressaltou a receita para se tornar milionário com base nas experiências verídicas das pessoas que se dedicaram e hoje são os milionários em destaques no país. As 11 lições destacadas são: Crie um produto exclusivo; Inspire-se nos líderes, Entregue mais do que eles pedem; Seja original; Antecipe-se às tendências; Seja radical; O Regional é Global; Descubra um nicho; A classe C quer um tratamento A; Produza em vez de revender; Um dia a maré sobe, prepare-se.

Fonte: Veja Online

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