A vigília está sendo realizada perto da praça Tahrir, palco dos protestos que levaram à deposição do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro. Três dias de luto oficial foram decretados em homenagem aos mortos.
Os confrontos foram o mais recente enfrentamento entre cristãos e muçulmanos desde a queda de Mubarak.
Violência
O que teria começado como uma discussão entre manifestantes, seguranças da igreja e moradores das proximidades evoluiu para um confronto envolvendo armas, bombas incendiárias e pedras.
Duas igrejas e algumas casas do bairro foram incendiadas e foram necessárias algumas horas para que os serviços de emergência e militares controlassem a situação.
No domingo, centenas de manifestantes se concentraram do lado de fora da sede da TV estatal local, exigindo a renúncia do comandante do conselho militar do Egito, general Mohamed Hussein Tantawi.
Quando eles se confrontaram com um grupo de muçulmanos conservadores, os combates voltaram a ocorrer e os dois grupos arremessaram pedras uns contra os outros.
Mas islâmicos moderados chegaram a participar dos protestos ao lado dos cristãos.
Medidas
Como forma de impedir futuros atos de violência, o Conselho Supremo das Forças Armadas – o colegiado de líderes militares que atualmente administra o Egito – disse que efetuou a prisão de 190 pessoas.
Os enfrentamentos levaram a uma reunião de gabinete de emergência encabeçada pelo primeiro-ministro Essam Sharaf, que adiou uma visita ao exterior para realizar o encontro.
Pouco após a reunião, o ministro da Justiça egípcio, Abdel Aziz al-Gindi, afirmou que o governo vai agir “”imediatamente e com firmeza” para “implementar leis que possam criminalizar ataques contra locais de culto e contra a liberdade religiosa”".
Entre as punições previstas para os infratores estaria até a pena de morte.
O repórter da BBC no Cairo, Jonathan Head, disse que outras promessas de medidas duras contra os agressores já foram feitas antes, mas poucas ações concretas foram tomadas.
Fonte: Portas Abertas
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